O Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça é um organismo público da administração indirecta do estado, cuja missão consiste em garantir o pleno funcionamento do parque informático dos órgãos e serviços dependentes do Ministério da Justiça.
Foi criado em 1970, sendo titular da pasta da justiça Mário Júlio de Almeida Costa, com a designação de Centro de Informática do Ministério da Justiça, com sede em Lisboa, na Rua Gomes Freire, n.º 174.
O Decreto-Lei nº 523/72, de 19 de Dezembro (lei orgânica do Ministério da Justiça) consagrava o Centro de Informática como organismo autónomo vocacionado para a automação da informação e implementação transversal das tecnologias informáticas na justiça.
Reestruturado pelo Decreto-Lei n.º 555/73, de 26 de Outubro, o Centro de Informática passou a designar-se Direcção-Geral dos Serviços de Informática (Decreto-Lei n.º 111/83, de 21 de Fevereiro).
Em 1979 ocorreu a transferência dos serviços para a Avenida Casal Ribeiro, n.º 16 e 16A, em Lisboa, dispondo o organismo de um quadro de pessoal constituído por 99 funcionários (ano de 1977).
Com o Decreto-Lei n.º 146/2000, de 18 de Julho (Lei Orgânica do Ministério da Justiça), a Direcção-Geral dos Serviços de Informática é extinta e o seu património e recursos passam a integrar o ITIJ. Mais recentemente, o ITIJ, I.P., foi regulamentado por força do disposto no Decreto-Lei nº 206/2006, de 27 de Outubro (Lei Orgânica do Ministério da Justiça) e no Decreto-Lei n.º 130/2007, de 27 de Abril.
Nos primórdios da sua existência, o ITIJ, I.P., ficaria duradouramente marcado pela liderança paradigmática dos dois primeiros directores. Coube a Joaquim Seabra Lopes, director do Centro de Identificação Civil e Criminal, garantir cumulativamente os trabalhos preparatórios e a instalação do Centro de Informática (1969-1973). Em 16 de Novembro de 1973 o referido dirigente seria nomeado director, cargo que assumiu até 1980, data em que foi chamado a instalar o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Justiça (Decreto-Lei n.º 238/80, de 18 de Julho). A gestão do Centro de Informática passaria a ser garantida nos anos seguintes por Carlos Meira, dirigente com longa experiência acumulada nos serviços prisionais.
O Centro de Informática adquiriu os seus primeiros computadores em 1970, num ciclo tecnológico marcado pela velocidade da máquina de dactilografar e pelos arquivadores de fichas cartonadas arrumadas alfabeticamente em gavetas. Estes equipamentos garantiram ao Ministério da Justiça uma porta aberta para a modernização, numa época em que só as grandes empresas internacionais e os bancos tinham adquirido computadores.
A capacidade de resposta deste organismo garantiu a sua participação no acompanhamento dos primeiros actos eleitorais realizados em Portugal após 1974.